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“A LÃngua Portuguesa ainda não é falada em todo o espaço territorial†– Antonieta Kulanda |
Antonieta Kulanda, apresentou a sua posição recentemente num encontro promovido pelo Secretariado-Geral da UNITA, realizado no Hotel Skyna, em Luanda, que contou com quatro prelectoras entre as quais a ex-Secretária-Geral Adjunta da JURA, Arine Nhany, onde abordou-se o tema: “A UNITA e os Desafios da Consolidação da Democracia e do Desenvolvimento Sustentávelâ€.
Antonieta Kulanda revelou que a LÃngua Portuguesa ainda não é falada em todo espaço territorial, defendendo por isso a inserção das lÃnguas nacionais no sistema de ensino do paÃs, para um ensino virado para o angolano e que valorize-o em termos de cientificidade.
“A LÃngua Portuguesa ainda não é falada em todo o espaço territorial, se tivermos que tirar essas dúvidas vamos para o Kuando-Kubango, vamos para outras localidades do paÃs, nós encontrar famÃlias que desde o nascer até ao pôr do sol comunicam na sua lÃngua “neneli elongaâ€, e quando essas crianças que sabem perfeitamente que têm no seu leito familiar a comunicação linguÃstica na sua lÃngua de berço, se formos a dizer que, agora vás para escola, vai ter medo: “até que eu aprenda Português, se tiver 15 anos, por exemplo, até que eu aprenda o tal Português, ah não vou mais, vou acompanhar a mãe à lavraâ€â€.
“Nós estamos num contexto africano, e não num contexto europeu angolano ou africano. É importante que nós digamos de boca cheia se assim a expressão passar, que o governo admita a inserção das linguas no sistema do ensino. Os nacionalistas angolanos assim o disseram depois da independênciaâ€, disse também membro da LIMA – Liga da Mulher Angolana, organização feminina da UNITA, para quem, “é importante que aqueles que têm o domÃnio das lÃnguas nativas ensinem aqueles que não sabem, e em contrapartida aqueles que não a saibam tenham a paciência de aprendê-lasâ€.
Para a também porta-voz da LIMA, “chegaremos até uma conclusão que, a própria LÃngua Portuguesa será lÃngua estrangeira. Por quê? Porque o Português falando em Angola é um Português que convive com as lÃnguas nacionais, mas não é o Português lisboeta ou então o Português de Coimbraâ€.
“Olhemos para o nosso contexto nacional para podermos resolver problemas a partir da lÃngua. Há muitas pessoas que, depois de serem julgadas, vão, acabam sendo crucificadas, melhor dito, se assim podemos dizer, que não conseguiram defender-se na LÃngua Portuguesa, e vão para cadeia, há pessoas que morrem porque já não têm forças para dizer que tenho dor no sÃtio tal, porque o médico não tem o domÃnio da sua lÃnguaâ€, disse Antonieta Kulanda que, defendeu um ensino que se vire para o angolano e valorize-o em termos de cientificidade.
“Então, é importante que tenhamos em linha de conta a questão de separarmos o Português e para que tenhamos um ensino que se vire para o angolano e que valorize o próprio angolano em termos de cientificidadeâ€.
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Antonieta Kulanda, apresentou a sua posição recentemente num encontro promovido pelo Secretariado-Geral da UNITA, realizado no Hotel Skyna, em Luanda, que contou com quatro prelectoras entre as quais a ex-Secretária-Geral Adjunta da JURA, Arine Nhany, onde abordou-se o tema: “A UNITA e os Desafios da Consolidação da Democracia e do Desenvolvimento Sustentávelâ€.
Antonieta Kulanda revelou que a LÃngua Portuguesa ainda não é falada em todo espaço territorial, defendendo por isso a inserção das lÃnguas nacionais no sistema de ensino do paÃs, para um ensino virado para o angolano e que valorize-o em termos de cientificidade.
“A LÃngua Portuguesa ainda não é falada em todo o espaço territorial, se tivermos que tirar essas dúvidas vamos para o Kuando-Kubango, vamos para outras localidades do paÃs, nós encontrar famÃlias que desde o nascer até ao pôr do sol comunicam na sua lÃngua “neneli elongaâ€, e quando essas crianças que sabem perfeitamente que têm no seu leito familiar a comunicação linguÃstica na sua lÃngua de berço, se formos a dizer que, agora vás para escola, vai ter medo: “até que eu aprenda Português, se tiver 15 anos, por exemplo, até que eu aprenda o tal Português, ah não vou mais, vou acompanhar a mãe à lavraâ€â€.
“Nós estamos num contexto africano, e não num contexto europeu angolano ou africano. É importante que nós digamos de boca cheia se assim a expressão passar, que o governo admita a inserção das linguas no sistema do ensino. Os nacionalistas angolanos assim o disseram depois da independênciaâ€, disse também membro da LIMA – Liga da Mulher Angolana, organização feminina da UNITA, para quem, “é importante que aqueles que têm o domÃnio das lÃnguas nativas ensinem aqueles que não sabem, e em contrapartida aqueles que não a saibam tenham a paciência de aprendê-lasâ€.
Para a também porta-voz da LIMA, “chegaremos até uma conclusão que, a própria LÃngua Portuguesa será lÃngua estrangeira. Por quê? Porque o Português falando em Angola é um Português que convive com as lÃnguas nacionais, mas não é o Português lisboeta ou então o Português de Coimbraâ€.
“Olhemos para o nosso contexto nacional para podermos resolver problemas a partir da lÃngua. Há muitas pessoas que, depois de serem julgadas, vão, acabam sendo crucificadas, melhor dito, se assim podemos dizer, que não conseguiram defender-se na LÃngua Portuguesa, e vão para cadeia, há pessoas que morrem porque já não têm forças para dizer que tenho dor no sÃtio tal, porque o médico não tem o domÃnio da sua lÃnguaâ€, disse Antonieta Kulanda que, defendeu um ensino que se vire para o angolano e valorize-o em termos de cientificidade.
“Então, é importante que tenhamos em linha de conta a questão de separarmos o Português e para que tenhamos um ensino que se vire para o angolano e que valorize o próprio angolano em termos de cientificidadeâ€.
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